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Artigos

12/09/2011

A CARTOGRAFIA AVANÇA PELO PLANALTO CENTRAL A PARTIR DO SÉCULO XIX - NOVA CAPITAL DA REPÚBLICA - BRASÍLIA

INTRODUÇÃO

Falar nesta oportunidade, em que estou aqui com meus recursos próprios, dos motivos que levaram a transferência da Capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília, logo eu que nasci na Capital Federal Rio de Janeiro, depois tornou-se Cidade-Estado da Guanabara, que não existe mais. É muito interessante, Brasília- DF, é talvez a cidade do Brasil que mais visitei em toda a minha vida, por motivos profissionais, isso me dá um sentimento de carinho enorme.


A primeira vez que estive no Planalto Central, foi como Aluna do Curso de Engenharia Cartográfica da UERJ no CBC/SBC/Centro de Convenções de Brasília (1981) em ônibus fretado pela Universidade, DEPOIS NO CBC/SBC/Senado Federal em 1987,em Reunião da COCAR em 1989, com o Alte Múcio, com a ESG em 1994, muitas vezes em 2005 por conta de participar do Fórum dos Especialistas do CONFEA, que estudou, discutiu e elaborou a Resolução 1.010, além das conexões para Reuniões Nacionais da Agrimensura em Cuiabá, Rio Branco e Porto Velho e a última foi em (Nov./2007) – Rio – Brasília – CONFEA (Reunião dos Anexos da Resolução 1010) – IIIRNCCEEAGRI/CONFEA/CREA-PE em Recife – Rio sob as expensas do CONFEA e do CREA-RJ.


Era antiga a idéia de fundar a capital do Brasil, no centro do território, por questões de segurança, uma vez que o país sofreu várias invasões por longos períodos, através do litoral, como a Invasão Holandesa (SILVA,2007a,b). A Geoestratégia brasileira de uma capital no interior do país, na Região Centro-Oeste, que também integrasse a Nação Brasileira e desenvolvesse o interior, começou a ganhar corpo, ou seja a materializar-se na República com Floriano Peixoto.


Se voltarmos ao passado veremos segundo o General de Divisão Carlos Meira MATTOS (ESG - 2007) um relato deveras interessante:
“ Antes de nossa independência em 1821, José Bonifácio produziu um documento precioso em termos de visão do Estado Brasileiro do futuro. Tal documento, denominado “Lembranças e apontamentos”, era destinado a orientar os deputados da Província de São Paulo eleitos para representar o Brasil na Corte de Lisboa, encarregada de elaborar a nova Constituição para o Império Português.


“Lembranças e Apontamentos” revelam como preocupação principal a preservação da unidade nacional, quando viesse a se dar a Independência, cuja proximidade era evidente. Mas, ao lado de um programa completo de necessidades administrativas, versando sobre estrutura territorial, educação, saúde, questão indígena, política exterior, defesa do território, antevendo já, o futuro Estado Brasileiro, os “Apontamentos” revelam uma extraordinária visão geopolítica de nossa territorialidade.


Propõe José Bonifácio que nossos representantes na Corte de Lisboa defendam a tese da necessidade de interiorização da capital do país, pois possuidores de enorme massa continental, não poderemos no futuro, viver somente nos alimentando nas praias e sugere o local para o novo centro de poder político, assim se expressando, “ que poderia, no futuro, ser em latitude pouco mais ou menos de 15º, em sítio sadio, ameno e fértil, e regado por algum rio navegável”. Este local estaria nas proximidades de Paracatu, cerca de 200 quilômetros ao sul da atual Brasília.


As razões que José Bonifácio vê para a mudança da capital para o interior, revelam sua notável visão geopolítica: - invoca a imensidão geográfica e a característica continental – marítima, invoca motivo de defesa, (numa época em que o poder marítimo das potências imperialistas constituíam constante perigo às nações fracas), invoca a necessidade de uma administração central que se transforme em pólo de atração das áreas periféricas.”

O nome Brasília atribui-se a José Bonifácio.

No ano de 1892, o Marechal Floriano Peixoto, segundo Presidente da República do Brasil, enviou uma Comissão Exploradora e Demarcadora ao Planalto Central do Brasil chefiada pelo Engenheiro Militar Belga, naturalizado Brasileiro, Luiz Cruls, também Professor na antiga Escola Militar do Brasil. Os outros componentes desta Comissão eram: Tasso Fragoso, Alípio Gama, Celestino Alves, Ernesto Ule, Eugênio Tussak, Azevedo Pimentel, e Hastínfilo de Moura.

A Comissão viajou, saindo do Rio de Janeiro em 09 de junho de 1892, por linha férrea até Uberaba, em Minas Gerais (terminal da Estrada de Ferro Mogiana) e partir daí, em lombo de burro, percorreram mais de 4.000 quilômetros e ao fim de sete meses fixaram marcos geodésicos, definidores do quadrilátero reservado ao futuro Distrito Federal, engastado no antigo Estado de Goiás, onde, em 21 de abril de 1960 seria inaugurada Brasília pelo Presidente nascido em Diamantina, em 1902, **Juscelino Kubistchek, o Presidente Bossa Nova, Prefeito de Belo Horizonte, Governador de Minas Gerais e Cel. Médico PM-MG, também conhecido como Quadrilátero Cruls. Sonho de José Bonifácio, Hipólito da Costa, Varnhagen e de Poli Coelho. Tem-se um registro de Cruls, em seu levantamento barométrico:

“Às 7 horas da tarde, registrou Cruls, o termômetro centígrado marcou + 2 graus e à noite – 2 graus. Transposto depois do Parpaíba, o Veríssimo e o Corumbá, seus afluentes, alcançou Pirenópolis a 01 de agosto e a 08 com os colaboradores de maior hierarquia, deixava o Pico dos Pirineus, documento de sua presença para lhe verificar a altitude que o padre das Genattes estimara em 2.332 metros.

Diferentemente, valendo-se de três barômetros Fortin, cuidadosamente aferidos e após várias leituras o cálculo apontou resultado menor: 1.385 metros para a sua altura acima do nível do mar. Depois dessa correção inicial aos informes que exageravam o relevo regional, Cruls dividiu os expedicionários em turmas que foram explorar o setor NE, NW, SE ao passo que tomava conta do SW. Assim a região tornou-se perfeitamente conhecida em suas peculiaridades habilitando-o a redigir conclusões otimistas quanto à escolha do local para acolher com vantagens a Capital da República.

O ar é puro e de noite reina uma brisa constante, dissera Antoiane de Saint’Hilaire, a propósito do Meia Ponte. Os ventos gerais fazem-se sentir desde Maio até Setembro, sua direção é de leste para oeste, e sopram das quatro da manhã às onze.”

**Foi com profunda emoção que a Autora: visitou Diamantina com sua irmã em Ten Cel R1 Enfermeira Heloisa, em novembro de 1993, dentro da maravilhosa Excursão Cidades Históricas/MG e em março de 2007 durante o Encontro Anual do CONFEA no Hotel Nacional, visitou o Memorial JK em Brasília, onde pode constatar na Biblioteca dados do IBGE de 1957 e uma foto com dedicatória do Presidente dos EUA Eisenhower. E observou que todos os recepcionistas usavam branco em homenagem ao Presidente Médico JK,.


QUEM FOI LOUIS (LUIZ) CRULS

Na realidade, Louis Ferdinand Cruls nasceu Diest, na Bélgica, em 21 de janeiro de 1848, filho do casal Elisabeth Jordens e do Eng. August Cruls. Formou-se em Engenharia Civil na Universidade de Gand, em 1874, tornou-se Tenente de Engenharia do Exército Belga. Quando estava na Universidade fez amizades com brasileiros e resolveu migrar para o Brasil. Aqui iniciou sua vida na Comissão da Carta Geral do Marechal Henrique Beaupierre Rohan. No ano de 1876 passou a integrar os quadros do Imperial Observatório Astronômico do Rio de Janeiro, inicialmente como adido, depois como adjunto e primeiro astrônomo, mais tarde substituiu Emanuel Liais, como Diretor, cargo onde ficou até o seu passamento.

Foi colaborador de Liais no estudo da distribuição dos planetóides que giram entre os planetas Marte e Júpiter. Publicou em 1978, trabalho a respeito da passagem de Mercúrio e sobre métodos geodésicos de reiteração e repetição e também quando Marte encontrava-se na sua oposição em 1877.

Era colaborador das contes – rendues do Observatório de Paris, na França. É de sua autoria um método de predição gráfica dos elementos de observa para as ocultações de estrelas pela Lua, usado antes que o telégrafo começasse a ser empregado para as determinações de longitudes. Tornou-se um especialista em determinações barométricas de altitudes. Chegou a inventar um barômetro diferencial que foi construído na Europa.

Luois Cruls chefiou a Missão Brasileira, que foi a Punta Arenas, observar a passagem de Vênus pelo disco do sol, em 06 de dezembro de 1882. Porque assim, obteria melhor conhecimento da paralaxe solar uma das constantes da Astronomia. Obteve o valor de 8”,8 o mesmo encontrado por outros cientistas, em reconhecimento o cometa de setembro de 1882, levou o seu nome Cometa Cruls.

Cruls foi representante do Brasil em Washington em 1884, evento que pretendia adotar um meridiano único para toda a Terra. Nos anos de 1887 e 1889 representou o Brasil em Paris, onde trataram da elaboração de uma nova Carta Celeste. A partir de 1889 foi nomeado Professor de Geodésia e Astronomia da Escola Superior de Guerra, embrião do IME – Instituto Militar de Engenharia.

Em 1894, tem-se o trabalho da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil. Atlas dos Itinerários Perfis - Longitudinaes e da Zona Demarcada, foi publicado por Luiz Cruls, no Rio de Janeiro, por H. Lambearts & C. O texto e o título foram escritos em português e em francês. Acervo da Mapoteca do Itamaraty.

Na época, o Brasil vivia uma espécie de ebulição cartográfica. O Mappa do Estado do Paraná de 1896, organizado por ordem do Governador Doutor José Pereira Santos de Andrade, pelos Engenheiros: Militar Alberto Pereira de Abreu, Civil Cândido Ferreira de Abreu e Geógrafo Manuel F. Ferreira Correia e desenhado por Marcos Leschand – Desenhista da Secretaria de Obras Públicas e Colonização do Estado.

Este documento cartográfico apresentou como informações importantes as Baías de Paranaguá e Antonina e no detalhe a planta da Capital Curityba. Trata-se de um mapa de afirmação do território do Paraná, em particular com relação à questão de limites com Santa Catarina. Foram registradas as novas colônias militares de Chopin, Chapecó e Foz do Iguaçu. Disputa esta que culminaria com a Guerra do Contestado (1912-1915) (SILVA 2005, SILVA 2006).

No início do século XIX, com a criação do Estado-Maior do Exército em 1896, que tinha entre outras funções o estudo e a elaboração de planos de defesa para o Brasil, influenciado por idéias preconizadas por Cruls, Professor de Geodésia e Astronomia da Escola Militar, decidiu criar, uma instituição cartográfica nos moldes das que existiam na Europa.

Foi então, confiado à Terceira Seção, tendo como Chefe, e a seus adjuntos: o Tenente-Coronel Feliciano Mendes de Morais, o Capitão Alberto Cardoso de Aguiar e o Tenente Custódio de Sena Braga o preparo do projeto A Carta do Brasil, o qual foi concluído e apresentado em 09 de abril de 1900. Neste histórico documento estabelecia-se o mapeamento sistemático do país por folhas topográficas na escala de 1:100.000, as especificações técnicas de Geodésia e Astronomia e o Sistema de Projeção a ser utilizado. Considera-se, pois, a Terceira Seção do Estado-Maior do Exército o berço do mapeamento sistemático terrestre do Brasil. Ressurgiu a idéia de Benjamin Constant sobre a criação de um Curso Especial de Topografia.

Em 1901, Cruls foi nomeado Chefe da Comissão de Limites do Brasil com a Bolívia, tendo como assessores o Capitão Tasso Fragoso e o Capitão de Fragata Carlos Acyolli Lobato, que veio a falecer durante a empreitada. Mesmo assim, de acordo com Castilhos Goycochêa “segue em frente, magnífico de coragem, suprindo esforçadamente a falta dos dois ajudantes que a fatalidade lhe arrebatara.”
A Redução de uma parte da Carta do Amazonas, na escala de 1:10.000.000 de Thaumaturgo de Azevedo, foi publicada no Rio de Janeiro, no Exemplar de Número 01 do Jornal do Commercio, em 1901, continha os limites dos Tratados de 1750 (Madrid), 1777 (Santo Ildefonso) e 1867.

A Société Française de Photogrammetrie et de Télédétection foi criada por Decreto em 1º de julho de 1901 e declarada à Prefeitura da Polícia em 15 de abril de 1959 e o Decreto foi publicado no Jornal Oficial da França, em 07 de maio de 1959. A sede desta Sociedade funciona até hoje, na Avenue Pasteur, 2, em Saint-Mandé, nas cercanias de Paris.

De 1903 é a Carta Résau Strategique et International du Brésil. Esta carta na escala de 1:2.000.000, completa às publicadas pelo Almanaque Hachette e o Ano Cartográfico de F. Schrader, publicado em Paris e no Rio de Janeiro por iniciativa de Roxo Rodrigues, Presidente da Ferrovia São Paulo - Rio Grande e Transbrasileira de São Francisco. Rio de Janeiro. Lithografia Viúva Robin, Filho, Cortés & Ca. Mapoteca do Itamaraty.

A PARTICIPAÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA – CNG/IBGE

A Comissão de Estudos Sobre a Localização da Nova Capital do Brasil, organizou no ano de 1947 duas Expedições Geográficas ao Planalto Central. A primeira foi chefiada pelo Geógrafo Francês Francis Ruellan que pesquisou oito zonas, com o objetivo de achar os sítios mais adequados para sediar a capital. A segunda esteve a cargo do Eng. Geógrafo Prof. Fábio de Macedo Soares GUIMARÃES (1949/2006) acompanhado do Prof. Alemão Leo Weibel, que estudaram o conjunto do planalto central, uma superfície peneplanizada pela ação do clima (Geomorfologia Climática). Esta expedição foi de 04 de julho a 22 de setembro de 1947, percorreram 10.000 km de uma região correspondente a 200.000 km2 tendo como membros os seguintes Geógrafos do Conselho Nacional de Geografia – CNG:
- Orlando Valverde, Lúcio de Castro Soares, Sinvaldo Bezerra dos Santos, José Veríssimo da Costa Ferreira e Speridião Faissol, além de Eng. Agrônomo Wilson Alves de Araújo, o Botânico João Evangelista de Oliveira e o orientador científico Leo Weibel. O Geógrafo Orlando Valverde foi condecorado com a Medalha do Mérito do CONFEA e a Medalha do Mérito Geográfico da Sociedade Brasileira de Geografia – SBG em evento no Clube de Engenharia alusivo ao Dia do Geógrafo, em 2006.

Inicialmente fizeram um esboço geográfico geral do planalto central do Brasil, e segundo o Dr. Fábio:

“A escolha do local para a capital de um país é indiscutivelmente um problema político, mas os fundamentos são essencialmente geográficos. É perfeitamente correto denomina-lo um problema geopolítico. O político aponta os objetivos que se tem em vista, o geográfico fornece-lhe os elementos em que eles fundamentar-se-á para atingir tias objetivos. É óbvio que especialistas de outras ciências e técnicas fornecerão também elementos dos mais valiosos e indispensáveis para a solução do problema. O uso do método geográfico é entretanto, fundamental, permitindo a melhor visão de conjunto, eliminando de início muitas soluções inadequadas e limitando finalmente o problema a algumas poucas soluções possíveis, sobre as quais exercerão as pesquisas dos especialistas.”.
No estudo geográfico da localização da nova capital o Prof. Fábio considerou a importância da cartografia:

“Para o estudo do sítio é necessário o uso de mapas topográficos de escala grande e o exame de dados diversos obtidos in-loco. É possível compararem-se diferentes sítios de cidades, em mapas destacados, sem se levar em conta as suas posições relativas ou em referência ao país de quem fazem parte.

Já o estudo de posição deve ser feito em cartas que abrangem grandes áreas, e por isso tais cartas devem ser de escala relativamente pequena, o necessário para que não se perca a visão de conjunto”...”No dizer expressivo de Leo Weibel “posição é assunto de estratégia, ao passo que sítio é uma questão de tática”.

Ao discorrer sobre o conceito de boa posição para uma capital, mostrou-se conhecedor de vários exemplos:

“Além das funções essenciais a qualquer cidade, sobreleva a função político-administrativa como específica de qualquer capital, dando-lhe um caráter distinto em relação às outras aglomerações urbanas. Outrora era também importantíssima a função estratégica; hoje esta passou a plano secundário, mas de modo algum se pode considerar desaparecida.”

Enumerou frentes pioneiras de cidades como: Ituiutaba, Uberlândia, Anápolis – “ as bocas do sertão”, e conclui que: “Tendo uma capital a função, por excelência, político-administrativa, a tendência é coloca-la em posição central”...

“...Como centro político, a função mais importante da capital dum grande país é, sem dúvida, a unificadora. Ela deve ficar situada em posição tal que facilite a ação dos órgãos centrais do Estado sobre todas as partes do país, ou, em outras palavras, que seja possível estabelecer fácil acesso a essas partes. Tratando-se dum território extenso, que compreenda regiões importantes nitidamente diferenciadas, a capital deve equilibrar as tendências desagregadoras que se possam manifestar e sua posição deve ser tal que permita facilmente equilibrar tais tendências centrífugas”.

Estabeleceu um interessante paralelo entre megacapitais da América do Norte, da Europa e Oceania:

“Washington foi localizada junto à core área dos Estados Unidos e justamente na linha que separava o Norte industrial, com pequenas propriedades e trabalho livre, do Sul agrícola, com sua aristocracia rural e trabalho escravo, na chamada Mason and Dixon line. Ottawa está junto ao contato do Canadá francês com o Canadá inglês. Camberra foi localizada entre os dois centros rivais da Austrália, Sidney e Melbourne, quase eqüidistante deles.

Apenas um exemplo se conhece de capital escolhida sem obediência a tal princípio. Trata-se de Madrid, localizada no centro territorial do país, em posição eqüidistante das diversas regiões da Espanha, como se elas tivessem idêntico valor. O pensamento de Felipe II foi o de lutar contra as tendências centrífugas, mas os resultados futuros não vieram corresponder a essa idéia, constituindo-se em Barcelona um importante foco de separatismo. Tivesse a capital sido localizada próximo da Catalunha, a mais rica das regiões espanholas, tivessem os órgãos centrais do Estado mantido sempre um mais estreito contato com o a core área do país, certamente teria sido mais difícil o desenvolvimento do espírito separatista.”

Enquanto Cuiabá, capital do Estado de Mato Grosso é o Centro Geodésico da América do Sul (tem uma placa bem grande no limite de Várzea Grande, para quem vem do aeroporto). Pode-se dizer que em termos geopolíticos, Brasília é o centro geométrico do Brasil, é eqüidistante das fronteiras vivas, em termos de estratégia militar. Sua excelente posição geográfica, deixa-a próxima dos grandes centros urbanos de Norte a Sul de Leste a Oeste, onde destaca-se a core área – o Sudeste. Por esta razão Anápolis é a Base dos aviões - caças da Força Aérea Brasileira e há previsão de transferência da Brigada Paraquedista para está cidade também.

Ao elegerem o sítio da Nova Capital, consideraram também: a topografia, o clima, o abastecimento d’água, a proximidade com a Amazônia, a formação de cinturões verdes de agricultura, a energia hidráulica e os materiais de construção, e a beleza da paisagem. Afinal o Rio de Janeiro a antiga capital é uma das mais belas cidades do mundo. É considerada o oitavo destino turístico mundial, dentre os 10 que os turistas querem visitar e conhecer.

A partir de julho de 1947, com o recebimento de jipes e faróis adequados cedidos pelo Interamerican Geodetic Survey – IAGS, as observações do IBGE melhoraram em termos operacionais. A cadeia do arco de meridiano de 49 graus WG (Oeste de Greenwich), ao atravessar o Estado de Santa Catarina, deixou a Ilha de Santa Catarina, uma base de mais de 10 km, estendida entre o Morro da Cruz e a Base Aérea e o Vértice Biguaçú. Posteriormente, a medição a geodímetro foi feita entre a Base Aérea e o Vértice Biguaçú, distantes 20.544,7662 m. continuando para o Norte, ela cruzou os Estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e o sul de Goiás, para atingir a Base Goiânia, após 1.449 km de desenvolvimento.

No ano de 1948 foi escrito o Relatório da Comissão Poli Coelho (General), Patrono da Topografia Militar e Ex-Presidente do IBGE, onde foram aprofundados os estudos do Quadrilátero Cruls, para a Nova Capital do Brasil, no Planalto Central, com sugestões de sua ampliação.

De acordo com (SILVA, 2009) Era o período da História Brasileira, marcado pelo Intervalo Democrático e as atividades de Geodésia e Cartografia fervilhavam na idéia Geopolítica de conhecer o espaço para a melhor gestão do território brasileiro:

“No mesmo local, em que em 1944 o IBGE deu partida oficial aos seus levantamentos geodésicos de campo, comemorou-se em 23 de julho de 1949, a conclusão do primeiro trecho da Primeira Cadeia de Triangulação Geodésica. Na solenidade de hasteamento das bandeiras do Brasil e da Seção de Triangulação estavam presentes o Governador de Goiás Dr. Coimbra Bueno e o Secretário Geral do CNG Dr. Christovam Leite de Castro.

Em seguida, utilizando um T-3, o governador fez uma visada que “fechou” simbolicamente os trabalhos de medição angular. Outras visadas foram feitas por:

- Prof. Allyrio H. de Mattos, Diretor da Divisão de Cartografia do CNG,
- Dr. Benedito Quintino dos Santos, Diretor do Departamento Geográfico de Minas Gerais. Além de vários Secretários de Estado do Governo de Goiás, as seguintes autoridades:
- Cel Dálcio César e Maj. Eugênio de Freitas Abreu (mais tarde General), do Serviço Geográfico do Exército;
- Prof. Jorge Zarur , Secretário Assistente do CNG;
- Maj. John Van Hoy e Maj. Richard Wallace do IAGS/Brasil;
- Comte. J.P. Luschene do IAGS/Panamá;
- Eng. Edwyn Hamlyn do IAGS e os
- Engs. Honório Bezerra e Gilvandro Simas Pereira, respectivamente Chefes das Seções de Nivelamento e de Levantamentos Mistos do CNG.

No ano de 1949 no CNG, em colaboração com outros órgãos, realizou importantes Cursos de Fotogrametria e Fotointerpretação. A parte de restituição estava a cargo do Prof. Roger Daniel e a interpretação morfológica do grande Geomorfólogo, o Geógrafo Francis Ruellan, que empregou as fotografias aéreas em mapas geomorfológicos que ilustravam e acompanhavam seus estudos aprofundados sobre o Planalto Central e a Bacia do São Francisco.

A Lei de No. 960 de 08 de dezembro d 1949, foi a primeira a disciplinar atividades de aerolevantamento no Brasil, atribuindo a competência para a execução dessas atividades aos Órgãos Técnicos da União”, bem como as empresas privadas, a saber: Serviços Aerofotogramétricos Cruzeiro do Sul, anteriormente Sindicato Condor: fundada em 1937, depois AEROFOTO CRUZEIRO, Aeromapa Brasil e Lasa criadas em 1947 e Aerofoto natividade, que não existe mais. Posteriormente surgiram a PROSPEC, a GEOFOTO e a Aerofoto Iguaçu. (Todas elas não existem mais).

No final dos anos 40, o CNG realizou na Projeção Policônica, a Segunda Edição da Carta do Brasil ao Milionésimo, através da compilação de vários documentos cartográficos existentes e à luz dos primeiros levantamentos geodésicos. A Terceira Edição foi publicada em 1960. A Primeira Edição da CIM foi a cargo do Clube de Engenharia, compilada no Brasil e editada na Alemanha, para comemorar o Primeiro Centenário da Independência do Brasil, tendo sido exposta na Exposição Internacional da Filadélfia nos Estados Unidos.

O Mapa Político do Brasil do IBGE de 1950 registrava a extinção pela Constituição Federal de 1946, dos Territórios de Ponta-Porã e Iguaçú. Pelo Recenseamento Geral do Brasil, haviam cerca de 52 milhões de habitantes, distribuídos em 1.889 municípios.

A Associação Japonesa de Pesquisadores – JAS – Japan Association of Surveyors foi fundada em 1951, na capital Tókio, objetivando a promoção de pesquisas em cartografia, fotogrametria, geodésia e educação. Tendo como expoentes: Dr. Naomi Fujita, Dr. Ichiro Nakagawa, Dr. Hiroyuki Takeda e Dr. Shungi Murai que veio a ser Presidente da ISPRS.

Neste mesmo ano criou-se no Estado Maior das Forças Armadas – EMFA, a Comissão Executora do Acordo Cartográfico Brasil – Estados Unidos, visando o estabelecimento do Plano Geral da Cartografia... Este acordo representou um grande avanço no Mapeamento Sistemático Brasileiro, especialmente nas décadas de 50 e 60.

...Na data de 27 de maio de 1953, o Secretário, o Eng. do IBGE Dorival Ferrari, foi redigida a Ata da Reunião-Festa Comemorativa do Encerramento dos Trabalhos da Triangulação Geodésica de Primeira Ordem da Cadeia Transcontinental e conexão com o Meridiano +49 graus a Oeste e Greenwich, em Mangueira, Município de Olímpia, no Estado de São Paulo.

A Cadeia Transcontinental no Curso Leste – Oeste de seu desenvolvimento atravessou os Estados: Espírito Santo, Minas Gerais, parte de São Paulo, Mato Grosso do Sul, seguindo de perto o arco de paralelo de 20 graus sul, em regiões servidas por estrada de rodagem entre Vitória e Três Lagoas, esta Cadeia passou a acompanhar o traçado da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, única via de acesso a Corumbá. È na Leste – Oeste situa o Vértice Chuá, extremo ocidental da base de Uberaba, Datum Horizontal do Sistema Geodésico Brasileiro...

Em 1954 foi contratada a empresa norte-americana Donald J. Belcher Inc., que produziu o Relatório Belcher, sobre o Planalto Central, e a instalação de Brasília, que resultou de uma análise de uma área retangular de 50.000 km2, no qual estava inscrito a maior parte do Quadrilátero Cruls.

Deste Relatório constavam mosaicos aerofotogramétricos na escala de 1:50.000 e plantas na escala de 1:25.000 destinadas a: Agricultura, Drenagem, Engenharia, Geologia e Uso da Terra. Foram então selecionados 5 (cinco) sítios tidos como os mais adequados para a localização da Nova Capital. Estes sítios foram denominados: Castanho (1), Verde (2), Azul (3), Vermelho (4), e Amarelo (5), que foram mapeados na escala de 1:25.000.

Encarregada, já na etapa de elaboração do Relatório Belcher, a empresa brasileira Geofoto Ltda, com a participação efetiva do Eng. Civil e Professor da UERJ Placidino Machado Fagundes, prosseguiu o mapeamento do Novo Distrito Federal, elaborando o Plano Piloto de Brasília e Cidades Satélites, nas escalas de 1:2.000 (cadastral) e 1:25.000 e 1:25.000 (mapeamento sistemático). Com Brasília já consolidada em 21 de abril de 1960, chegaram ao Distrito Federal, os trabalhos de implantação da Cadeia Fundamental de Triangulação Nacional do IBGE. Cabe ressaltar que por este feito meu nobre Orientador do Mestrado/PPGG/UFRJ Prof. Placidino mereceu verbete na Enciclopédia Britânica.Foi também Presidente por três vezes da Sociedade Brasileira de Cartografia e eleito Membro Honorário da Sociedade Internacional de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto. ISPRS.

Lembre-se ainda que, em 1958, foi adotado pelo IBGE como Datum Altimétrico Brasileiro, o Datum Vertical, registrado pelo Marégrafo de Imbituba, no Estado de Santa Catarina, após as observações (1949-1957). Anteriormente o Datum Vertical era registrado pelo Marégrafo de Torres no Rio Grande do Sul. Esta metodologia representou um marco na Geodésia Brasileira.

A cota de inundação do Lago Artifical do Paranoá, criado devido ao clima seco da região, foi determinada pela Diretoria de Hidrografia e Navegação – DHN.

Percebe-se por narração destes fatos pela Engenheira Cartógrafa Eliane em A MIRA No. 153 que a extensão das redes de Geodésia e Topografia, dando apoio às atividades de Cartografia e Fotogrametria, promoveram, o palmilhar do Centro-Oeste, o esquadrinhar do território, promovendo a ligação com o Sul do país.

O OLHAR URBANO DE MILTON SANTOS PARA COMPREENDER-SE BRASÍLIA

A importância da criação de Brasília, no entender do Dr. Milton SANTOS (2008), Geógrafo, Professor Emérito da USP, meu Mestre no Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFRJ, no início dos Anos 80:

“Símbolo do urbanismo contemporâneo e das preocupações de todos os construtores de cidades; nenhuma outra criação urbana foi tão planificada, com tanto entusiasmo, nenhuma outra cidade nova exprime a tal ponto os símbolos de uma capital de Estado; Versailles, Washington também os exprimem, mas Brasília alcança uma grandeza arquitetônica que impressiona o visitante, mesmo que ele seja o mais hostil aos princípios que presidiram à criação da capital. Enfim, Brasília tornou-se o símbolo de um pensamento político; da mesma forma que todas as outras capitais voluntariamente são obra de um homem, Brasília é a cidade de Juscelino Kubitschek.
Sem dúvida nenhuma, o desejo de afastar o Governo e o Congresso das pressões populares das cidades costeiras tem um papel importante, mas o fator “colonização interior” foi a motivação essencial. Brasília representa um fator de transfiguração demográfica, social e econômica do país, “pela integração efetiva do interior do Brasil, na comunidade nacional” (J. Kubitschek). Logo uma outra aventura começava, a da realização desta idéia-força, da materialização desta capital simbólica.

Dificilmente se imagina a amplitude das dificuldades encontradas e o esforço cotidiano realizado, a partir de 1956, pelos construtores de Brasília. Tudo teve que ser Transportado ao local escolhido, homens, máquinas, materiais. E, na época, não existia estrada de ferro, nem mesmo estradas carroçáveis...

O nascimento de Brasília foi marcado, primeiramente, pela criação de uma dupla infra-estrutura: transporte e energia.

Era preciso criar cordões umbilicais entre as cidades “fornecedoras” do Brasil costeiro e o novo sítio urbano. A via aérea foi a ligação estabelecida mais rapidamente. A Construção do aeroporto permitiu estabelecer uma perfeita ponte aérea entre Brasília, Belo Horizonte, Rio e São Paulo. Assim, os aviões transportaram máquinas, as mercadorias e toda sorte de materiais. Duas vias férreas aproximavam-se do novo Distrito Federal. A linha São Paulo – Anápolis, a 135 km de Brasília; uma estrada asfaltada, de junção, ligou, em maio de 1958, os dois centros, permitindo o escoamento do tráfego. Durante todo o período de construção, Anápolis foi o grande cento de transbordo e de entreposto. A estrada de ferro do Rio tinha seu ponto final em Pirapora, ou seja, a 650 km de Brasília. Havia estradas, mas sem pavimentação moderna. Em fins de 1960, uma estrada asfaltada ligava Brasília ao Rio de Janeiro, via Belo Horizonte...
Sob o aspecto fundiário, existia um elemento favorável. As terras do Distrito Federal tornaram-se propriedade do governo federal, eliminando assim os obstáculos da parte dos proprietários de terra.

Assim, Brasília começou a viver de uma forma bem curiosa; a maior parte do tempo de forma espontânea, como é o caso do desenvolvimento comercial da W2. Em função das necessidades, as lojas de varejo multiplicaram-se de um lado da avenida, daí surgindo um longo alinhamento de vitrines de comércio diversificado. Paradoxalmente, esperando o término do verdadeiro centro comercial, essa evolução trouxe a Brasília um elemento fundamental de humanização.

A mesma coisa se passa com as cidades satélites. Nenhuma cidade desse tipo foi prevista no plano piloto; rapidamente uma apareceu, chamou-se Cidade Livre, por oposição à cidade grande planificada e pela vocação de liberdade de seus habitantes. É uma cidade provisória de pioneiros.”

Na oportunidade cabe lembrar que o laureado Prof. Milton Santos foi bastante lembrado. O auditório do Instituto de Geociências da UFF recebeu o nome de Geógrafo Milton Santos. A Autora fez parte do Quadro Docente da UFF de 1982 a 2004, de onde aposentou-se do antigo Departamento de Cartografia. O Livro do 75 Anos do CREA-RJ: A invenção de um novo tempo, organizado pelo Prof. Emérito da UFRJ, Arq. e Urb. Olínio Gomes Pascoal Coelho prestou uma linda homenagem a êle ...”maior referência nos estudos sobre as relações campo e cidade”, na página 115, muita justa por sinal, pois ao voltar do exílio, ficou no Departamento de Geografia da UFRJ, apoiado pela Profas Eméritas e Geógrafas Maria do Carmo Corrêa Galvão e Bertha Koyfmann Becker mais tarde é que foi para a Universidade de São - USP em São Paulo, onde praticamente toda a sua obra foi re-editada. Foi uma honra falar de Meu Mestre Milton Santos, no I Congresso Nacional de História e geografia do Vale do Paraíba em Vassouras de 18 a 21 de maio do de 2011.

BRASÍLIA VISTA DO ESPAÇO SIDERAL

O tempo passou e modernamente, o Plano Piloto de Brasília, elaborado pelos Arquitetos Lucio Costa e Oscar Niemeyer, ficou registrado na Cartografia Internacional através da spatiocarte, iconocarte (termos de origem latina e grega), carta-imagem (termo de origem inglesa) de Brasília-DF, com dados do SPOT, satélite francês de sensoriamento remoto, elaborada pelo Cel Eng. Cartógrafo Luiz Antonio de Andrade da 5DL/DSG, indicada pela Eng. Cartógrafa Eliane Alves da Silva – do Grupo de Trabalho Cartographie Thematique Dérivée des Images Satellitaires da Associação Internacional de Cartografia – ICA/ACI, Presidente Eng. do IGN Jean Dénègre (IGN/Paris-Saint Mande), Editor do Manual Internacional de Sensoriamento Remoto da Elsiver, que também publicou a carta-imagem de Formosa – GO, com o Thematic Mapper Landsat do Cap. Eng. Cartógrafo depois Cel. Carlos Alberto Gonçalves de Araújo do ICA/COMAER/DIRENG/ESG.
Estes documentos cartográficos foram devidamente autorizados pelo General Eng. Cartógrafo Henrique Araújo – Diretor da DSG e pelo Cel. Eng. Cartógrafo Eduardo Silveira de Souza Diretor do ICA/COMAER, e foram entregues pela Autora, no IGN Internacional, em Paris em maio de 1990, quando procedia do EURO CARTO VIII Conference em Palma de Mallorca, na Espanha, evento da ICA/ACI/Universidad Islas Baleares/Servicio Geográfico del Ejército), onde apresentou o trabalho:** Cartography: art, science, thinking and marketing, com passagem aérea da FAPERJ, através da Universidade Federal Fluminense -Uff. Acredita-se que esta tenha sido uma homenagem antecipada das celebrações dos 50 anos de Brasília, em 21 de abril de 2011.

**Este trabalho foi publicado na Revista do Instituto Geográfico Cadastral- IGC de Lisboa, Portugal em 1990.
Em 10 de dezembro de 2011, o IBGE lançou no Ministério do Planejamento, uma carta- imagem de Brasília, a partir de dados do ALOS – satélite japonês de sensoriamento remoto, a cargo do Eng. Cartógrafo Leonardo Barbosa Gomes

AGRADECIMENTO:
Eng. Cartógrafo Roberto Jorge de Freitas Filho – Agência IBGE/Araxá/MG.

BIBLIOGRAFIA:
CREA-RJ (2009) 75 anos do CREA-RJ: a invenção de um novo tempo. Rio de Janeiro. Organizadores: Cláudia Mesquita, Olínio Gomes P. Coelho.
ESG (2007) O General Meira Mattos e a Escola Superior de Guerra – ESG. – Brasil – Geopolítica e destino. Carlos de Meira Mattos. Volm.2.Rio de Janeiro.
GUIMARÃES, Fábio de M. S. (1949) O planalto central e o problema da mudança da capital do Brasil. Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Geografia – CNG.11(4):471-542. Out./Dez.
GUIMARÃES, Fábio de M.S. (2006) O pensamento de Fábio de Macedo Soares Guimarães – Uma seleção de textos. Rio de Janeiro. IBGE/CDDI/Documentos para Disseminação – Memória Institucional, volm7. 282pp.
ICA/ACI (1994) Thematic mapping from satellite imagery – a guide/Cartographique thématique derivée des images satellitaires – un guide. Oxford, New York, Tokyo. International Cartographic Association/Association Cartographique Internationale – ICA/ACI Elsivier. Editor; Jean Dénègre.
SANTOS, Milton (2008) A utilização e o controle dos fatores do crescimento urbano, In:Manual de Geografia Urbana. São Paulo, Cap. 7: 102-04.EDUSP, 3ª ed.
SILVA, Eliane A da (2000) A história da cartografia brasileira – 500 anos do descobrimento do Brasil pelos portugueses. Volms.1e2 – Registrados na Biblioteca Nacional e com ART do CREA-RJ. (Ainda não publicados).
SILVA, Eliane A da (2005) A Guerra do Contestado. Macaé. CD Rom do XXI Congresso Brasileiro de Cartografia/Sociedade Brasileira de Cartografia/Centro de Convenções de Macaé-RJ. Out.
SILVA, Eliane A da (2006) A Guerra do Contestado entre os estados do Paraná e Santa Catarina – Uma questão de limites. Criciúma. Revista A MIRA – Agrimensura e Cartografia . 134:
SILVA, Eliane A da (2007a) A cartografia como testemunha da invasão holandesa no Brasil colonial. Criciúma. Revista A MIRA – Agrimensura e Cartografia. 139:71-74. Mai./Jun.
SILVA, Eliane A da (2007b) A cartografia como testemunha da invasão holandesa no Brasil colonial. CD Rom do XXIII Congresso Brasileiro de Cartografia, Sociedade Brasileira de Cartografia/Hotel Windsor Barra. Out.
SILVA, Eliane A da (2009) Intervalo Democrático – atividades cartográficas nos anos 40 e 50. Criciúma. Revista A MIRA – Agrimensura e Cartografia. 153: 58-60.Nov./Dez.

* ELIANE ALVES DA SILVA

Engenheira cartógrafa, geógrafa, professora de geografia e mestre em ciências geográficas
Tecnologista senior do ibge/dgc/gdi
Coordenadora adjunta da câmara especializada de engenharia de agrimensura do crea-rj pelo senge-rj
Conselheira do clube de engenharia
Diretora – secretária da sociedade brasileira de geografia – sbg
Conselheira da associação brasileira de engenheiras e arquitetas – abea
Membro da sociedade brasileira de cartografia


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